2020.09.21 – Capa

Liderança em Tempos Difíceis

Onde andam os dinossauros?

 

Quando uma organização é pequena e próspera, os líderes estão perto das questões do atendimento ao Cliente, dos problemas de qualidade, dos desafios de produtividade. Eles estão empenhados em fazer de tudo para manter a competitividade, ganhar mercado e fazer crescer a empresa. No entanto, quando as empresas começam a crescer e a alcançar um sucesso considerável, os líderes começam a sentir-se confortáveis.

Com efeito deveremos lembrarmo-nos do “efeito dinossauro”. Como eram considerados os dinossauros na sua época? Animal com poder, com posição, temível pelos outros animais. E agora onde andam os dinossauros? Estão completamente extintos! E os pelicanos? Animal sensível, mas que se conseguiu adaptar aos tempos.

 

O Porquê da queda dos Dinossauros?

 

O que é que tudo isto tem a ver… dinossauros… complacência? Quantas empresas que conhecemos que eram consideradas dinossauros e que atualmente deixaram de ter o peso no mercado como tinham e muitas até desapareceram.

O que quero dizer é que o que agora é verdade, daqui a poucos segundos pode não ser, e temos de estar preparados para sermos flexíveis e deixar de lado as verdades absolutas, porque agora o que é verdade, daqui a pouco pode deixar de ser.

O ritmo acelerado cega. Poderá ser pela falta de tempo, pela falta de olhar para dentro, por tudo o que é verdade agora, pode não ser no segundo seguinte, enfim uma quantidade imensa de justificações. Os pontos cegos referem-se às áreas críticas que precisam de ser abordadas, mas que não são ou porque as pessoas não estão cientes deles ou se recusam a reconhecê-los.

Líderes de empresas bem-sucedidas desenvolvem o efeito dinossauro em muitas áreas, devido à sua recusa em ver as mudanças ao seu redor nas suas empresas. Muitas vezes, o sucesso traz a sensação de arrogância e excesso de confiança dos líderes.

Estes elementos turvam o seu pensamento e bloqueiam o seu entendimento dos problemas reais. Os líderes estão cegos pelos sucessos do passado e, assim, têm a visão do futuro bloqueada.

A queda começa quando param de melhorar, mudar e crescer.

Muitos líderes e colaboradores que estão em empresas bem-sucedidas chegam por vezes a um ponto que sentem que não precisam mais de tomar essas ações. Andam sobre os louros.

Em vez de fazer as coisas acontecer, são imobilizados pelo status quo. Tornam-se passivos e esperam que as coisas aconteçam. Eles esperam que a dinâmica criada pelo sucesso faça avançar a empresa.

 

A origem da mudança

 

A verdade é que as coisas não se movem por conta própria até que as pessoas as movam. Bem, já para não falar dos imponderáveis fatores externos, que muitos deles não dependem das nossas decisões, mas que acontecem (Corona vírus ou Covid 19), ainda assim o que é que depende de nós para ultrapassar toda a dor causada.

Se não estivermos em constante “novo olhar” estamos a incorrer na possibilidade do “efeito Dinossauro”.

Num ambiente de negócios em expansão, onde a procura excede a oferta, é fácil para as pessoas da organização assumir os negócios como certos… efeito dinossauro… Na pressa de cumprir as ordens, troca-se a qualidade pela quantidade…efeito dinossauro… O esforço extra para a qualidade não é visto como necessário e justificado uma vez que podem contar com uma quantidade de clientes “à espera”… efeito dinossauro… Por vezes toma-se a atitude de ir “atrás do bom negócio”; mesmo que a empresa perca alguns clientes ela está bem, tem outros clientes.

É este “efeito dinossauro” que leva à má qualidade dos produtos e serviços. O impacto da má qualidade muitas vezes não é discernido até que seja tarde demais.

Os Clientes que não estão satisfeitos com os produtos ou serviços de uma empresa não só irão parar de fazer negócios quando puderem, irão informar outras tantas pessoas que ficam a saber da sua insatisfação. A imagem imaculada de má qualidade dos produtos ou serviços irá desfazer milhões e, muitas vezes bilhões de euros decorrentes da boa vontade da publicidade gratuita negativa nas redes sociais. Isto é, inconscientemente, irão promover o negócio dos seus concorrentes… efeito dinossauro!

A concorrência é feroz! As empresas têm de estar mais focadas em fidelizar o cliente para além da sua satisfação. Até porque nós, enquanto clientes, fazemos muito zapping. Vamos comprar onde nos for mais oportuno.

A empresa tem que estar mais atenta, em como fidelizar os seus Clientes. Assim como também estar muito atenta à motivação dos seus colaboradores. Sabendo desde já que existe correlação entre motivação dos colaboradores / fidelização dos clientes.

 

As Pessoas

 

Sabemos que colaboradores insatisfeitos, frustram as expectativas dos clientes, que por sua vez, se tornam em clientes detratores… efeito dinossauro! Sabemos que os colaboradores passivos, cumprem as expectativas, mas os clientes são vulneráveis (fazem zapping e vão onde lhes é mais oportuno); o colaborador entusiasmado, supera as expectativas e consegue fidelizar os clientes por conseguir ir além do que o Cliente imaginava.

O sucesso é conseguido, frequentemente, como resultado de tomar as medidas necessárias. De facto, uma das características das empresas de sucesso é que elas tomam uma serie de decisões. Comprometem-se na procura de medidas rápidas ao reavaliar as situações. Comprometem-se com pesquisas de mercado e melhoram continuamente os seus produtos e serviços para satisfazer as diferentes necessidades dos Clientes. Inovam os seus produtos e serviços para se diferenciar da concorrência e aumentar a sua quota de mercado.

 

A importância crucial da Liderança

 

Os seus líderes ouvem os colaboradores e estão atentos às suas necessidades para que possam manter-se produtivos. Eles planeiam, treinam e desenvolvem os seus colaboradores para aumentar o nível de competência geral da organização. Fazem um grande esforço para motivar e recompensar as pessoas com base no desempenho e no mérito.

Agora cuidado! Não nos queremos tornar num dinossauro! Mas já vimos que o sucesso leva à complacência que eventualmente conduz à inação.

Os líderes devem de ter uma mente aberta, começando por si próprios, olhando para dentro, tomando consciência dos seus pontos fortes e de melhoria. Começando por refletir que a mudança acontece, que o mercado está mais exigente e informado e a forma de fazer acontecer está constantemente a ser alterada.

Então para não nos tornarmos em dinossauros, antecipemo-nos, tendo os nossos cinco sentidos em ação, para constantemente avaliarmos e reavaliarmos as situações e estarmos em constante “novo olhar”, porque agora é verdade daqui a poucos segundos pode ser uma não verdade.

Sejamos Pelicanos, flexíveis e em constante ajuste!

 


 

Obtenha mais informação sobre a nossa Formação em Liderança em: https://bit.ly/3mQaOR4

Liderança em Tempos Difíceis 1

Escrito por Rute Gonçalves, Consultora InPar

 

Obtenha um Diagnóstico Preliminar

A InPar existe para o auxiliar a aumentar a Satisfação e Fidelização dos seus Clientes, através do desenvolvimento dos seus Serviços de Apoio a Clientes.