Está a pensar introduzir Inteligência Artificial na sua Organização ?
TENHA EM ATENÇÃO OS SEGUINTES 10 PONTOS:
- 1. Foco no CLIENTE: Use a Inteligência Artificial para melhorar a Experiência do Cliente. Não caia na tentação de a usar para melhorar os seus procedimentos internos penalizando a Experiência do Cliente – e não assuma que sabe o que será melhor para o Cliente. Pergunte-lhes. Envolva-os na Solução.
- 2. Todos IGUAIS vs Todos DIFERENTES: Os Clientes não são todos iguais nem desejam todos o mesmo. Aliás, o mesmo Cliente pode desejar abordagens diferentes consoante o contexto. Não obrigue os Clientes a usar o Canal que (a si) lhe dá mais jeito. Deixe que seja o Cliente a escolher. Se desejar que o Cliente use uma determinada opção, vai ter que a tornar mais atrativa que as restantes alternativas.
- 3. Gestão da Mudança: Este é um tema que suscita imensos “medos” a todos os níveis da Organização. A administração tem medo que seja um fiasco. Os financeiros têm medo que seja dinheiro perdido. Os responsáveis operacionais têm medo que os Clientes detestem a experiência. Os juristas têm medo das questões de “compliance“. As Pessoas têm medo de perder o Emprego – e não assuma que sabe o que será melhor para cada um deles. Pergunte-lhes. Envolva-os na Solução.
- 4. Arquitetura de Sistemas: Sistemas corporativos abertos facilitam a integração da Inteligência Artificial por forma a extrair o máximo potencial da tecnologia. Sistemas herméticos e fechados constituem um sério constrangimento. Qual a sua realidade? Até onde poderá extrair partido da Inteligência Artificial e a partir de que ponto (no seu caso) começa a “Ficção Cientifica”?
- 5. Qualidade dos Dados / Informação: A Inteligência Artificial ainda depende muito da Qualidade dos Dados e da Informação na sua Organização. A construção de uma boa Knowledge Base constitui um pré-requisito extremamente importante, mas atenção: uma Knowledge Base de suporte a Inteligência Artificial não são Scripts de Atendimento. Qual o seu ponto de partida?
- 6. Segurança / Compliance: A adoção da Inteligência Artificial levanta sérias questões de segurança, bem como de “compliance” face à regulamentação que está a sair sobre toda esta matéria. Está integralmente consciente desta problemática?
- 7. Use Cases: Procure começar por utilizar a Inteligência Artificial em casos simples a que corresponda um elevado volume de transações. Será a abordagem mais segura (com menos risco) e com maior impacto / retorno financeiro. Não complique.
- 8. Prototipos: Adote uma abordagem AGILE. Comece com um pequeno “use case“. Teste junto de um grupo controlado de Clientes internos / externos. Vá eliminando todas as falhas e introduzindo todos os melhoramentos. Passo a Passo. Teste, Teste, Teste… e volte a Testar. Nada de lançamentos “Big-Bang”.
- 9. Pós Lançamento: A entrada em funcionamento de um “use case” não corresponde ao final do projeto. É apenas o final de uma primeira etapa. O primeiro dia do resto das nossas vidas. Esteja preparado para monitorar continuamente a performance da solução e para efetuar todos os ajuste necessários durante o resto do ciclo de vida do produto.
- 10. Competências Técnicas e Comportamentais: A introdução de Inteligência Artificial vai eliminar algumas atividades mas criar muitas outras tarefas e responsabilidades. Garanta que desenvolve dentro de casa as competências necessárias e que recorre a especialistas na área nas fases mais específicas e desafiantes. Conte com a “expertise” de quem faz disto o seu “core business“.
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Escrito por Rui Santos, Diretor Geral da InPar
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